Palmeiras 107 anos
Tem uma frase muito famosa por aí que todo palmeirense já ouviu e é atribuída a um dos grandes palmeirenses já conhecidos, Joelmir Beting. Essa frase é um velho clichê em datas comemorativas e celebrações de títulos, mas ela segue sendo perfeita e atual a cada geração que passa:
“Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense… É simplesmente impossível!”
Ela fala sobre a relação de amor e ódio que a gente vive com a Sociedade Esportiva Palmeiras, na quarta-feira a gente jura eterno amor, no domingo a gente promete que nunca mais vai assistir a um jogo. E isso independente de estarmos em uma época de uma fase esplendorosa de tríplices coroas, disputa de títulos a cada mês ou mesmo nas trevas de um cenário apocalíptico de segundas divisões e vexames para times menores.
Algumas vezes os vexames e as glórias se cruzam e a gente tá lá, amando e odiando vestir o verde, conforme nossos pais ensinaram. Sim, porque ninguém em sã consciência escolhe ser palmeirense. É uma coisa que é ensinada, talhada, absorvida e trabalhada nas vitórias e nas derrotas, nas brincadeiras dos nossos rivais e nas nossas próprias brincadeiras e aquele “pessimismo” que o torcedor tem. Que vai aclamar um personagem em campo e semanas depois vai dizer que aquele é o pior jogador que já vestiu a camisa do Verdão.
Mas quando a vitória vem (e ela têm vindo bastante ultimamente!) é uma delícia, os gritos presos há anos, a sensação de que nada pode ser maior, nem mesmo a minha torcida, que sempre é maior do que a de outro palmeirense. Sempre. Desconheço palmeirenses que não reclamem dos próprios palmeirenses. A gente adora criticar, porque a gente se preocupa. E a gente ama.
Se você não é Palmeiras, não vai entender. Se na sua roda de amigos você não é o(a) “palmeirense”, você nunca vai sentir isso. Porque quem é. É muito. Não existe meio termo.
Há 107 anos isso é assim e não vai ser agora que vai mudar.
Obrigado e parabéns, Palmeiras