“Me engana uma vez, a culpa é sua. Me engana duas, a culpa é minha”.

Raphael Evangelista
3 min readSep 30, 2022

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Já ouviu essa frase, né? Parece clichê de página de autoajuda, mas trago essa pra esfera atual da semana que vivemos.

A gente ainda lembra bem a confusão que foi em 2018, quantas discussões, brigas, blocks, grupos de WhatsApp desfeitos e quantas amizades desmanchadas em razão de uma simples pessoa.

Vi no meu círculo de amigos uma quantidade razoável de gente que conforme a campanha política crescia, se mostrava alinhada com uma ideia completamente absurda, desde sempre. Desde que ainda era uma clara caricatura em programas sensacionalistas de TV. E até aí tudo bem.

Eu admiro quem busca mudanças, se chateia com algo que lhe fez mal e busca a solução em algo totalmente diferente. Posso não concordar, mas consigo entender.

Mesmo sendo evidente que nada disso daria certo e que os sinais sempre foram claros de ser um alinhamento cujo pensamento é preconceituoso de várias formas, muitas delas criminosas, inclusive.

Ainda assim, eu consegui entender e dar o benefício da dúvida para muita gente que fez essa escolha “muito difícil”.

E conforme o imaginado. Não deu certo.

Quatro anos se passaram e houve quem visse que não fez a escolha mais esperta.

Aliás, muita gente percebeu isso muito antes dos quatro anos se completarem. E se arrependeram. Não sem antes ler muitos “eu avisei’’. Às vezes sentindo na pele que ir no embalo do “oba oba” de rede social foi um erro.

Mas acontece e cabe a cada um decidir como lidar com o arrependimento à sua maneira. Uns viram parentes e amigos partirem por não terem conseguido se vacinar. Outros viram seus empregos irem embora porque o dinheiro do país segue sendo mal empregado e tantos outros exemplos bem claros que os noticiários — e não os grupos de WhatsApp — mostravam diariamente.

Bom, estamos novamente com essa possibilidade rondando e é incrível que ainda tenha quem ache que a mesma ideia de 2018 seja a ideal para mais quatro anos. A aqueles que ainda estão com essa ideia fixa na cabeça, apenas só podemos lamentar e se afastar. De vez. Pra sempre. Não há justificativa plausível para relevar qualquer apoio a isso.

Como diz a frase clichê do começo do post: eu consigo perdoar — com ressalvas — quem tentou algo novo e foi enganado. Mas quem segue querendo ser enganado e levar todos nós juntos, não. Se você ainda tá querendo seguir o lema “Deus acima de todo, piriri poororó”, a gente perde o contato por aqui. O desprazer foi todo meu.

Não é futebol, não é reality show. Não se trata de escolher entre um lado ou outro. Se trata de escolher entre alguém que só pensa no próprio benefício e poder, não se importando com nenhuma outra vida, inclusive a do pobre coitado que late na internet usando emoji de armas.

Ah, e só pra ficar claro:

Dia 2, é 13. O pai vai ficar on novamente.

Rodapé:

Não perde tempo querendo rebater, usar frases prontas, deboche vazio, meme ou qualquer outra coisa do tipo pra tentar discordar. Você pode discordar aí na sua casa, gritando pro seu celular/computador. Eu não dou a mínima.

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Written by Raphael Evangelista

Escrevo algumas coisas. Já fui redator lá naquele site das listas, adoro pizza, cachorro quente e paro a vida por um mês a cada quatro anos para ver a Copa.

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